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Negligenciar A Vida Espiritual

  • betaniajavenissi
  • 28 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Lendo a história de Davi, “um homem segundo o coração de Deus” – Atos 13,22, deparei-me com seu pecado – 2Sm 11,1 e percebi que todo drama tem início porque ele negligenciou seu dever de rei, “terceirizando” suas responsabilidades. Da negligência à preguiça foi um passo e logo a tentação encontrou espaço para enredar seu coração e o desejo se tornou irresistível, e veio o pecado que foi se somando a outros…

Fiquei matutando que esse é o risco que corremos nesta pandemia. O risco de negligenciarmos nossa vida espiritual por conta da preocupação “quase que neurótica” com o CORONAVIRUS. Não que não exista um perigo real e que nossa consci6encia cristã nos “obriga” a obedecer as medidas sanitárias e distanciamento social.

Observando a história de Davi: no início está a negligência. “A negligência implica a falta do zelo devido… Procede de certo relaxamento da vontade, que faz com que não se estimule o raciocínio para que dele surja a determinação de fazer o que se deve e do modo devido” – S. Tomás de Aquino.

Zelo significa empenho por atingir um objetivo. Para isso, é preciso que haja um querer, um ideal que aqueça a alma e a mantenha desperta. O negligente não tem nada disso, nem metas de superação nem verdadeiros ideais. Só pensa nas vantagens imediatas, só utiliza o “politicamente correto”, se preocupa com que é fútil, “curte” não reflete, busca experiências emocionais e despreza as convicções…

A negligência identifica-se com a frivolidade – comportamento que implica na irresponsabilidade e a indiferença não solidária com o próximo – e é grande inimiga da prudência. É um defeito característico das pessoas caprichosas, inconstantes de pensamento e de caráter, passivas, avoadas, volúveis… Têm a consistência de uma bolha de sabão, embora apresentem às vezes, como a bolha, brilhos e perfume.

Precisamos vigiar para não cair “nessa doença do caráter que tem por sintomas a falta de firmeza para tudo, a leviandade no agir e no dizer, a imprudência…, a frivolidade, numa palavra. – Essa frivolidade, que torna os teus planos de cada dia ‘tão cheios de vazio’, se não reages a tempo – não amanhã; agora! – fará da tua vida um boneco de trapos morto e inútil” – S. Josémaria Escrivá.

Há pessoas que padecem de um tipo especializado de negligência: postergar tudo o máximo possível. Muitas vezes esta atitude não é “de propósito”, mais uma “compulsão quase que inconsciente” para evitar conflitos ou fugir de alguma exigência imediata. Chegam atrasados aos compromissos, não tomas decisões a tempo e deixam situações piorarem, perdem prazos, não consultam as agenda… Acabam tomando decisões precipitadas.

“É preciso deliberar calmamente, mas pôr prontamente em ação aquilo que antes foi deliberado e julgado” – S. Tomás de Aquino. Quantos bons projetos e propósitos acabaram inutilizados, abandonados “em um canto da vida”, por falta de empenho, por negligência ou procrastinação. O risco é ficar chorando o prejuízo causado pelas decisões não tomadas ou postergadas indefinidamente…

Autor: Tácito Coutinho – Tatá – Moderador do Conselho da Comunidade Javé Nissi

 
 
 

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