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A Arte e a Espiritualidade

Para muitos, pode-se parecer estranho o termo - arte na casa de Deus - diante da triste realidade que nos é imposta atualmente, no que se diz respeito às expressões artísticas transmitidas nos meios de comunicação, sobretudo rádios, televisão, internet e nos palcos do mundo. Entretanto, por mais banalizada que possa estar, a arte que relato aqui é uma arte “diferente”, divina, capaz de encher de alegria e amor os corações tristes e enraivecidos.

                Sabemos que o nosso Deus é o Deus que tudo pode, do impossível, mas para que possamos vivenciar essa arte “diferente” em nossas igrejas, o missionário, o escolhido deve ser um artista espiritual, ou seja, ser íntimo do Senhor e a cada dia se dispor à um encontro orante com Ele. Para atingir esse ápice, é indispensável e fundamental ter uma vida de interior, e quando me refiro à vida, me refiro à plenitude, por completo, todos os momentos, não pela metade. Permanecer na vida que é Jesus Cristo (João 14, 6). Ninguém vai ao Pai senão por Ele.

                Poderia ressaltar aqui vários pontos essenciais para introdução de uma vida interior com o Senhor, porém, friso a importância de guardar o Coração. A Manifestação de toda a arte depende daquilo que está no coração (Mateus 12, 34a). É do coração que saem as más intenções (Mateus 15, 19), portanto a boa e santa arte brota de um coração bom, se estiver ligado na videira, que é Jesus Cristo.

                Todo artista é imagem de Deus Criador. E de modo peculiar humano, recebe a tarefa de ser artífice, ou seja, dar forma e significado em algo já criado, exercendo um domínio criativo sobre o universo que o circunda, como bem descreve o Beato Papa João Paulo II em sua Carta aos Artistas. Logo, dará muitos frutos e sua arte terá poder e unção quando se encontra focado em sua tarefa, ciente que jamais o enviado será maior do que aquele que o enviou e jamais poderá realizar coisa alguma se não estiver repleto do Espírito Santo que habita e age nos corações humildes e dependentes de Deus.

                O Pai tem procurado adoradores (João 4, 23). O Pai tem procurado verdadeiros ministros, impelidos a olhar para a criação inteira com olhos capazes de contemplar e agradecer, elevando a Deus o seu hino de louvor. O Senhor escolhe e capacita os artistas que mesmo pecadores, mas mergulhados em Sua Misericórdia, transmitem a beleza divina, para que todos descubram a pertença de um reino de justiça, de felicidade.

                Essas são as armas do Artista Espiritual. E o “público” são os filhos e filhas a quem o Senhor chama, que em muitas situações encontram-se perdidos, feridos e sem esperança. Mas Jesus veio para os doentes e enfermos. O maior desafio é implantar a cultura do Louvor. Ter a fé, ousadia e coragem de glorificar o nome do Senhor mesmo nas dificuldades, assim como Paulo e Silas na Prisão (Atos 16, 22-34). Esse é o desafio que lanço a todos os artistas e a todos os escolhidos a levar a boa nova de Deus para todas as criaturas.

Rodrigo Lopes - Comunidade Betânia

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